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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Horas de Verão.

Fiquei aqui pensando em algo pra escrever, quando me dei conta. Por que só escrever críticas positivas aqui no blog? Por que não escrever algo negativo também? Afinal, não só de sorvete vive o mundo. Então vim fazer uma crítica ao filme que vi hoje, Horas de Verão. O filme está participando do Panorama do Cinema Francês, que está no Espaço de Cinema (pra saber mais sobre o Panorama, volte uns posts e leia).
Fui meio no escuro, sem saber nem qual era a historia do filme. O que encontrei não foi o que eu esperava, mesmo só tendo como base uma foto a gente cria uma historia em cima. A tal foto mostrava um bando de gente reunida num lugar verde e cheio de sol, Pensei, "ok, vai falar sobre a vida dessa família que vive num lugar verde e cheio de sol, e que pelo que parece, é uma família grande". Fala sobre a família sim, mas muito superficialmente.
A história, na verdade, é sobre a casa e os objetos da família. A matriarca da família morre e seus 3 filhos, 2 que não vivem mais na França e 1 que ainda vive e tem muitos filhos (5!), devem decidir o que fazer com a casa e seus pertences. Se toda a angústia e dúvida da venda da casa tivessem sido mais exploradas, as questões que isso traz em cada filho, em cada um dos netos mais velhos (são só 2 mais velhos, os outros são todos muito novos ainda), as lembranças, acontecimentos, se tudo isso fosse mais explorado no filme, talvez ele fosse mais interessante. Mas tudo isso é mostrado muito en passant, muito superficialmente, muito corrido (apesardo filme parecer que não acaba nunca). O diretor (ou roteirista, ou ambos, não sei) decidiu abordar muito mais a parte burocrática, técnica, chata da coisa. Discussões frias sobre testamentos e coisas do tipo. Se nessas discussões houvesse surgido espaço para discutir sentimentos, para mostrar os personagens, teria sido bom. Isso pode ter sido exatamente o que o diretor quis mostrar, a frieza de uma família que no início parecia tão apegada (bem inicio mesmo), a frieza da cidade em contraposição do calor da casa, de seu verde, seu lago, sua beleza, sua vida. Mas ficou chato, muito chato. Muito sem pessoas, muito objeto. Uma das personagens mais interessantes, a filha do filho que ainda mora na França, só aparece no final! E é a melhor parte do filme! É quando a gente consegue ver sentimento, ação, historia, vida! E aí o filme acaba. Faltou isso pro filme, explorar os personagens, seus sentimentos, relações mais a fundo, e não dar tudo de uma forma superficial, dando mais enfase aos objetos. Sem graça.

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