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domingo, 31 de maio de 2009

O Shoegaze


Um tempo atrás quando mostrei uma música minha pra uma amiga, ela me disse "Nossa ... ficou muito legal. Total Shoegaze" e tal ... eu não fazia idéia do que era, mas tomando pela primeira parte da frase, levei como elogio e agradeci. Pesquisando um pouco mais à fundo acabei descobrindo o que era o tal do Shoegaze e até que muitas bandas que eu ouvia ou tinham influências fortes desse estilo ou eram até mesmo consideradas parte dele (como o Slowdive, por exemplo).

Bom, gostaria de dividir com vocês um pouco das coisas que eu descobri... aqui vai:


Shoegazing (ou shoegazer como também é chamado) é um estilo de Rock alternativo que surgiu ao sul da Inglaterra no fim dos anos 80.O estilo shoegazing surgiu da postura de palco dos shoegazers...A performance tímida chegava ao ponto dos músicos ficarem o tempo todo olhando para baixo sem encarar o público (ou "olhando para os sapatos" e daí o nome shoegazer)guitarras barulhentas e poderosas onde a instrumentação harmônica torna difícil distinguir cada instrumento, formando um caos sonoro temperado por vocais etéreos e contidos criando um contraste entre o melodias delicadas e o vigor e peso das distorções e efeitos.


Adaptado do artigo sobre Shoegaze na Wikipedia em português


Isso é o que a Wiki tem a dizer. Mas o Shoegaze vai muito mais além. Primeiro de tudo, a origem do nome não vem necessariamente da timidez dos músicos mas sim de outro fator que os distingui dos outros estilos: As guitarras possuiam tantos efeitos, que na grande maioria do tempo os músicos ficavam olhando pra baixo, se concentrando na mudança de timbre através dos pedais.
A grande atenção voltada às guitarras são bem características desse "estilo", mas não são tudo. Uma característica marcante é a forma como a vocal é trabalhado. A voz se torna apenas mais um instrumento na harmonia inteira da música, o que fazia as faixas parecem um grande acorde ... pois soavam unitárias.
Meu papel aqui não é elogiar ou diminuir qualquer coisa, apenas... "informar" digamos assim. Apesar da linearidade das músicas, os Shoegazers possuiam harmonias concisas e agradáveis, que logo foram derrubadas pela grande explosão do Grunge Norte-Americano e do Brit-Pop que praticamente era o oposto do estilo Shoegazer melancólico, e possuia letras menos contemplativas e mais voltadas à realidade da maioria dos Ingleses.

Com a gradual dissolução do estilo, muitas bandas acabaram e outras acabaram se encaminhando pra outros estilos. O Slowdive que eu já havia citado, acabou dissolvendo-se e transformando posteriormente na banda Mojave 3(que está na ativa até hoje, misturando o já conhecido Shoegaze com uma pitada de Country e um pouco de Pop). Mas apesar de ter um som muito legal, a minha principal recomendação desse post não é a Mojave 3 e sim uma banda australiana, que apesar de não estar necessariamente inserida nesse contexto, tem um som bem característico:


The Church: A Banda surgiu no início dos anos 80 e tinha um som mais associado ao Rock Psicodélico e ao New Wave. Com o passar dos anos e dos discos o Church foi crescendo, técnicamente falando, e começou a caminhar na direção do Rock Progressivo, com longas Jams e faixas de guitarra de deixar qualquer metaleiro com o ouvido atento. Após alguns contratos com gravadoras americanas e australianas e após problemas internos,em 1988 lançam Starfish, que na minha opnião é a obra-prima da banda. Guitarras em perfeita harmonia, linhas de bateria complicadas que se desenrolam perfeitamente e o toque shoegaze de tudo: uma voz (Steven Kilbley) que conduz a banda, sempre harmonica e abrasivamente dando um toque todo viajandão ao som.
Eu descobri esse album (e essa banda) quase que por coincidência. Numa das minhas andanças pelo centro, passei num sebo, e lá estava o vinil deles, preço baixo, praticamente intacto... e o encarte me chamou muita atenção ... era uma estrela do mar, num fundo azul. Achei interessante, resolvi trazer pra casa e sinceramente não me arrependi. Um dos albums mais coesos e interessantes que eu já ouvi. É quase impossível não ouví-lo duas vezes seguidas. Ponha seus fones de ouvido e prepare-se: a viagem é longa e agradável.


Paz e Luz
E boa igreja pra vocês.

Hamlet

Depois de ler o livro, ver o filme com o Mel Gibson, ontem eu finalmente assisti a peça com o Wagner Moura, no Teatro Oi Casa Grande, ao lado do Shopping Leblon, aqui no Rio de Janeiro.

Primeiramente, pra quem não conhece a história, aí vai um resumo de uma das obras mais famosas de William Shakespeare:

“Para Hamlet a existência tornara-se insuportável desde que o espectro do seu pai recentemente morto apareceu-lhe numa noite assombrada no alto da torre do castelo. O fantasma, tétrico, reclamava desforra. Contou ao filho que um crime ignominioso o vitimara. Seu próprio irmão, o rei Cláudio, o matara. Atordoou-se o príncipe. Seu lar abrigava a traição e a maldade! A serpente acoitara-se na sua própria família. O mundo era injusto. O assassino, seu tio, não só usurpara o trono como arrastara sua mãe, a rainha Gertrudes, para um casamento feito às pressas, onde, suprema ignomia, serviram-se ;-os manjares; que, um pouco antes, ainda mal esfriados, tinham sido oferecidos -;na refeição fúnebre. Algo deveria ser feito. Faltava porém a Hamlet o talento para a ação. O máximo que conseguiu de imediato, além de aferrar-se ao luto e ao mau humor, foi entregar-se especulativamente à vingança.

A Mais bem sucedida da História

Hamlet é certamente a mais bem-sucedida história de vingança levada aos palcos. Ela, desde o início, coloca o público ao lado do jovem príncipe porque o ato da vingança, que Francis Bacon definiu como uma - forma selvagem de fazer justiça, sempre seduziu o a todos. Hamlet sente-se pois um reparador de uma injustiça, um homem com uma missão. A ela irá dedicar todos os momentos da sua vida, mesmo que tenha que sacrificar seu amor por Ofélia e ainda ter que tirar a vida de outras pessoas. Talvez seja essa obsessão, essa monomania que toma conta dele desde as primeiras cenas do primeiro ato, que eletrize os espectadores e faça com que eles literalmente bebam todas as palavras do príncipe vingador -; Hamlet é o personagem que mais fala na obra de Shakespeare, recita 1.507 linhas.”

Resumo retirado da internet, porque eu não sei fazer resumos, eu gosto de detalhes hehehe

Enfim, depois de ler o livro, primeiro do escritor que eu leio, apesar do formato de peça teatral, com cenas e atos, do drama e da tragédia que acomete quase todos os personagens, eu gostei.
Já havia comprado o livro há algum tempo, mas apressei a leitura quando a peça chegou ao Rio.
Terminei de ler semana retrasada, e numa das minhas buscas por filmes para baixar na internet, me deparei com Hamlet, estrelado por Mel Gibson, que eu particularmente já sou fã.

Não perdi tempo. Baixei e assisti na sexta-feira antes de ir ao teatro.


Mel Mel – como é carinhosamente chamado por mim ^^ - não decepciona, e dá ao personagem o seu humor característico, e consegue passar o drama e a ‘loucura’ de Hamlet muito bem.

E ontem finalmente fui ver Wagner Moura interpreta-lo. Não decepciona em momento algum. Nem ele, nem nenhum dos outros atores, nas quase 4h de peça. É longa, mas não é cansativa. É envolvente, é eletrizante, você sente a emoção passada por eles, a exaustão de repetir tantas falas sem perder o pique ou faze-lo automaticamente.
Atuar em teatro, na minha opinião, é a mais difícil das atuações. Noite após noite, repetir a mesma coisa, sem ‘poder’ parar, gravar de novo, descansar.
Eu não sou muito fã de teatro, talvez porque a maioria das peças que entrem em cartaz seja de comédia, e não consigo ver tanta graça que me faça pagar pra assistir, mas clássicos como esse merecem os R$90 pagos no ingresso (ai, a dor de não ser mais estudante e pagar meia entrada...).

Voltando ao tema principal do post, a história de Hamlet envolve traição, amor, loucura, vingança. É trágico, é mórbido, é real. É algo que poderia acontecer em qualquer lugar, em qualquer época.

Infelizmente hoje era o último dia da temporada no Rio, e não sei pra onde eles vão agora (com o mesmo elenco, menos o gatinho do Mateus Solano no papel de Horácio), mas se chegar na sua cidade, vá assistir! Garanto que não vai se arrepender!
E se não puder, leia o livro, é fininho, é rápido, é pocket, é barato!
Ou veja o filme, tem o Mel Gibson! ^^ hihihih

Estava planejando esse post porque sabia que hoje era meu dia, logo depois de assistir a peça, mas como o fim de semana foi corrido, tive que escreve-lo em partes, então acho q ficou confuso e desconexo.
Me perdoem se isso aconteceu, espero que tenha me feito entender.
Até a próxima!

sábado, 30 de maio de 2009

+ um poe[t/m]a


num feriado q passou, há pouco tempo, resolvi aplicar meus recentes e parcos conhecimentos do francês na tradução de poemas fáceis. como um lunático, fui procurar poetas franceses de todos os tempos, já sabendo q minha chance de encontrar alguma coisa q eu pudesse traduzir era remota. qual não foi minha supresa quando me deparei com poemas pequenos e de vocabulário simples na obra de Téophile du Viau (1590-1626, esse aí da "foto"), um poeta da época do barroco, contemporâneo das também pequenas e de vocabulário fácil fábulas de La Fontaine.

mas achar o poema não bastava, era preciso traduzi-lo com suas rimas e jogos de palavras etc. fiz, ao todo, 4 traduções de seus epigramas, mas escolho uma pra o nosso blog. o jogo todo desses poemas é uma espécie de constante reversibilidade do mundo: tudo q é alguma coisa é também o seu contrário. esse poema q vai aí embaixo traduzido já traz, lá longe no tempo, uma imagem q se usa muito pelas ruas atualmente para falar ironicamente da nossa condição de gente viva: nasci careca, pelado, fazendo careta... no poema, essa condição grotesca (ou, até mesmo, bizarra) do neném persiste ao longo da vida toda, servindo inclusive de parâmetro para medir a relação com a morte. claro q tudo isso acontece ironicamente, é todo um jogo de ideias. eu peguei o poema em francês e, de algum modo, sem planejar exatamente isso, tornei-o mais coloquial ao colocar aquela expressão final do poema (ficar no preju), q lembra, pelo som e pelas letras, a equivalente do original (perdu). // blá blá blá e o poema? o poema:

Je naquis au monde tout nu,
Je ne sais combien je vivrai,
Si je n'ai rien quand je mourrai
Je n'aurai gagné ni perdu.

§

Nasci completamente nu,
Sem saber quanto vou viver,
Se nada tiver ao morrer,
Não hei de ficar no preju.

singelo. até meio bobo. mas tão simples q é capaz até d ficar na memória, mesmo sem querer, d um d vocês. eu não esqueci. [té!]

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Panic at the Disco.


Já são mais de meia-noite, o que significa que já é sexta-feira, o que quer dizer que já é meu dia de postar. E venho hoje falar da razão pela qual resolvi fazer esse blog, pra falar deles, de sua música, sua criatividade, sua genialidade. De quem eu tô falando? Acho que o título do post já dá uma dica, né? PANIC AT THE DISCO!!!!!!!!


Descobri o Panic não faz muito tempo. Sim, eu conheço eles ha bastante tempo, desde que ficaram famosos no Brasil como a banda rical- ou amiga, depende do ponto de vista- do Fall Out Boy, mas na época eles não me chamaram muita atenção, a não ser pelo nome compridíssimo da música "I write sins not tragedies" (que nem é tão comprido como o nome de outras músicas deles, como "London Beckoned Songs About Money Written By Machines" ou "The Only Difference Between Martyrdom And Suicide Is Press Coverage", ou ainda "There's A Good Reason These Tables Are Numbered Honey, You Just Haven't Thought Of It Yet"). Não que eu não tenha gostado da música, mas não gostei o suficiente pra ir procurar as outras do CD. Acho que porque fiquei achando que era outra igual o FOB, sei lá. Os anos se passaram (3, pra ser mais exata) e eu vi o clipe novo deles, da música Nine in the afternoon. Gostei, mas ainda não foi aqueeeeeeela coisa, não me chamou muito a atenção. Não sei se foi nesse momento que baixei o CD deles, mas mesmo assim ouvi o CD talvez uma vez (um pedacinho de cada música) e não me bateu bem. Deixei pra lá. Um tempo depois, nossa amiga Julia Nunes (falo dela em outro post, ou talvez a Fa fale antes) fez uma versão do segundo single deles, na época inédito no Brasil, chamado That Green Gentlemen. Me apaixonei pela música! Na dúvida se eu tinha gostado só da versão da Julia ou se da música mesmo, fui eu procurar o clipe do Panic. Me apaixonei mais ainda! Pela música, pelo clipe. E lá fui eu ouvir o CD todo de novo. Ouvi uma, ouvi duas, ouvi três, e já estava viciada! É tudo mesmo uma questão de momento, porque eu me lembro da vez que ouvi o CD depois dessa descoberta de That Green Gentlemen. Parecia que eu estava ouvindo o CD pela primeira vez, que não era o mesmo CD daquela primeira vez mesmo que eu ouvi, algum tempo antes. Lembro da sensação, a emoção, a felicidade de estar ouvindo algo tão bom, original, diferente. Algumas pessoas vão dizer que não é original, que esse CD tem um toque super sessentista, do rock inglês tipo Beatles. Ok, pode até ser. Tem influência, sim. Mas eles souberam pegar essas influências e tranformar em algo totalmente novo, leve, gostoso de ouvir e muito, muito bem trabalhado. Ao mesmo tempo que dá pra perceber que cada nota, cada acorde, cada intrumento utilizado foi muito bem pensado, não fica algo rígido, fica... leve, não tem palavra melhor. E as letras são sensacionais! Gosto especialmente de Northern Downpour, que tem frases que me deixam de sorriso aberto só de lembrar, de tão geniais que são. Alguns exemplos: "I missed your skin when you were east/ You clicked your heels and wished for me", "If all our life is but a dream,fantastic posing greed. Then we should feed ourjewellery to the sea. For diamonds do appear to be.Just like broken glass to me." Junto com uma melodia linda então... fico arrepiada só de lembrar! Outra que gosto muito é When the day met the night. É uma historinha super gostosa de se ouvir. Mas dessa não vou falar não, deixo pra outro post, onde tento analisar e/ou explicar letras de música, porque vou fazer juito disso aqui, principalmente as letras do Panic! Enfim, depois de muitas muitas muitas muitas muitas ouvidas de Pretty. Odd. (o nome desse novo CD), agora sou totalmente fã desses pequenos geniozinhos da música (eles são mais novos que eu! Tem 22 anos!). Depois que vocês ouvirem (porque depois desse post eu tenho certeza que ficaram com vontade), me digam se concordam!

Beijocas!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

M. Night Shyamalan

Todo mundo conhece, já viu algum filme ou pelo menos ouviu falar no cineasta indiano.
Seu primeiro sucesso foi O Sexto Sentido, do menininho que “see dead people”.
Acreditando em espíritos ou não, difícil encontrar alguém que não tenha gostado do filme.
A partir daí, Shyamalan criou fama em Hollywood, e eu virei sua fã.
O único que ainda não assisti dele foi A Dama na Água.

Enfim, eu resolvi falar nele porque seus filmes, na minha concepção, são geniais. Apesar de ser mal interpretado pela grande maioria das pessoas, Shyamalan sabe abordar nas entrelinhas, de forma simples, assuntos polêmicos, com críticas discretas que fazem você pensar. A partir do momento que você entende o que ele quis dizer, lógico.

Mas e se você não acredita em espíritos, alienígenas, toxinas venenosas que podem acabar com a humanidade? Melhor ainda! Entenda o que ele quis dizer pro trás disso.

Quem foi ao cinema assistir A Vila achando que era um filme de terror, saiu decepcionado.
Agora assista com a mente aberta, e perceba a crítica a sociedade americana “mente fechada”, ao falso moralismo e o ideal de superioridade.
E olha que quem fala aqui é uma fã dos States!
Mas uma fã que pensa, thank you very much.

Porém o melhor pra mim foi o último, O Fim Dos Tempos.
Sério?
Sim, sério.
Sei que muita gente detestou o filme, achou uma porcaria e algo completamente sem noção.
Tipos, oi, uma toxina liberada por uma planta que faz as pessoas se matarem?!
Interpretem como quiserem o filme, mas pra mim uma frase falada ao acaso lá pro finalzinho definiu tudo.
Não vou me estender muito, pra não estragar o enredo pra que não assistiu ainda, e também a interpretação pode ter sido única e exclusivamente minha. Contudo, no meu pobre e modesto entendimento, apoiado pelo meu idealismo e decepção com o mundo, eu entendi o filme como uma crítica ao homem que está destruindo o planeta e a ‘vingança’ da natureza.
Ok, vocês podem pensar, não seria o primeiro filme a abordar catástrofes da natureza, que foram eventualmente causadas pelo próprio homem.
Mas a maneira dessa abordagem, com a simplicidade e ao mesmo tempo complexidade do enredo, de tema esdrúxulo duma ‘planta assassina’, sem cair no terror barato, me conquistou.

É difícil falar sobre filmes e minha opinião sobre eles sem dar muito spoiler e acabar com a graça de quem não viu, então espero que eu tenha me feito entender.
E que fique a dica pra que quiser conhecer, lembrando sempre de assistir com a mente aberta! =]

terça-feira, 26 de maio de 2009

de amor e tigres


volto aos livros. (primeiro post: tinha planejado falar de um poeta, max martins, desaparecido esse ano, mas por algum motivo q ainda não encontrei, o poeta mudou. fica o desejo de falar do max martins numa próxima vez.) o poeta mudou. a ele, cecília meireles dedicou um conhecido poema em 1953, q diz: "Ai palavras, ai palavras, / que estranha potência, a vossa! / Todo o sentido da vida / principia à vossa porta". e foi assim mesmo, com esse sentido absoluto, q cláudio manuel da costa (1729-1789) sumiu (lá se vão 320 anos), terrível, da vida: "Ai palavras, ai palavras, / que estranha potência, a vossa! / Éreis um sopro na aragem... / - sois um homem que se enforca!" era um dos líderes da inconfidência. suicídio, mas pode ter sido assassinato, uns dizem, e desde então não se sabe. q estranha potência, não saber.


e talvez nem mesmo cláudio manuel da costa soubesse do tigre que criou (gre-que-cri, gostou de falar?). tem um poema, dos mais conhecidos, q fala do amor, mas q fala também dos tigres do amor. (é esse da imagem aí de cima, claro.) e é impossível entender esse tigre q fica no ar e repentino: "Amor, que vence os tigres". intrigante. resolvi tigrar o poema (amarelo, riscas negras), porque aí dá pra ver por onde arranham as garras desse tigre. e é incrível descobrir q tem a estrofe do tigre (a segunda estrofe tem muito mais rrrr!), por onde ele deixa pegadas das suas garras q arranham os sons da língua (rrrrr), seja o som do r de tigre ou o r de garra. arranham os sons da língua, como se fossem algo a resistir incessantemente ao amor, como se fossem as próprias palavras a resistir incessantemente ao poema, como se fossem o próprio leitor a resistir ao Amor do poema. ou do roema, louca palavra q, ao contrário, faz ame o r. pois a lição do último verso não nos deixa enganar: "Onde há mais resistência mais se apura", onde há mais tigres mais amor, onde há mais r mais poesia.

anti-Cebolinha, esse é o poema do amadurecimento da fala através do Amor: largar a língua mole e relaxada q tloca as letlas e pronunciar na tensão exata cada letra dessa língua q só emperra a comunicação, q só provoca brigas, q só não diz o q nós somos, se é q somos algo em algum lugar. qto + resistência + se apura: também qto mais difícil é me dizer, mais apuro o meu dizer.

com licença: não é lindo pra c.? é uma conversa infinita.


(livia, fico devendo as artes plásticas, q com certeza logo logo vão aparecer.)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Mulher Invisível.


Amiguinhos e amiguinhas, hoje é meu dia. E que nervoso! Não é tão fácil assim dividir um post com outras pessoas, ainda mais com outras pessoas talentosas. Você fica na maior tensão, pressionada a escrever algo realmente bom. Bem, devia ser sempre assim, né?

Enfim, vamos ao que interessa. Semana passada eu fui assistir a sessão secreta de A Mulher Invisível. Sim, sessão secreta porque nem pré-estréia era ainda. É que estou participando da seleção para agentes brazoocah (o agente brazoocah ajuda a difundir o cinema nacional), e como parte de minha primeira missão tive que assistir o filme nessa sessão especial, para depois divulgá-lo. Antes da gente, só jornalistas o assistiram! Chique, né? E a gente ainda ganhou pipoca e refri de graça, isso porque entramos de graça no cinema também! E o melhor de tudo... em pré-estréia não tem trailer gente! Foi sensacional! Mas enfim, vamos pro filme de uma vez.

Confesso que quando ouvi falar do filme, ano passado ainda, achei que ia ser ruim. Um filme que tem Luana Piovani omo protagonista não pode ser bom, pensei comigo mesma. Mas ao mesmo tempo, um filme que tem Selton Mello como protagonista não pode ser ruim! Por isso fiquei curiosa pra ver o filme, pra saber de uma vez por todas pra que lado o filme ia cair. É, um filme com Selton Mello NÃO É RUIM NUNCA. O filme não é nada do jeito que eu imaginava. Ele não é mais uma comédia sem cabimento, que faz uso de todos os clichés do mundo e palavrões e piadas prontas. Não, ele é um filme engraçado de verdade, originalmente engraçado. E inteligente, com situações reais, mesmo se tratando de uma mulher que não existe!

O que mais gostei do filme é o fato de cada vez que você pensava que o filme tava acabando, porque começavam a acontecer coisas que geralmente acontecem em finais de filme, ele te dava um tapa na cara. Do tipo, "tá se ajeitando pra ir embora por que, meu filho? Ainda tem mais coisa pra te surpreender!". Tipo um Tarantino da vida, mas sem toda aquela violência.

E as atuações? Claro que não posso dizer que Luana Piovani foi fantástica, mas pelo menos tava melhor do que eu imaginava. Claro que eu não imaginava muito, na verdade, esperava o pior. E ela deu um pouco mais. Mas é a única não muito boa do filme. Selton está impgável, como sempre, com ua atuação bem Seltonmellística. Te faz rir das coisas mais bobas, só pelo jeito de falar ou de se mexer. A segunda melhor do filme é Fernanda Torres, que tem um papel pequeno no filme, não aparece toda hora, mas cada vez que aparece ela rouba a cena. Também, é a Fernanda Torres, né? Maria Manuela, o único rosto novo do filme, está ótima como a vizinha tímida e romantica, mas não daquelas que você fica com raiva porque parece boazinha demais. A interpretação dela está bem na medida certa. Todas as outras pessoas, sejam as que fazem papeis um pouco maiores ou aquelas que só aparecem e saem, estão bem também. E adorei os diálogos, todos! Ou seja, vale muito a pena ver o filme. A gente tem que homenagear o cinema brasileiro, gente, ainda mais quando aparece algo original e bom como esse filme! Ah! Vale dizer que o diretor é Claudio Torres, irmão de Fernanda e filho de Fernanda Montenegro. A estréia é dia 05 de juho. Depois que vocês virem, me digam o que acharam!

Beijos!

Livs


ps. Olha que legal: o primeiro post foi sobre livros, o segundo sobre música e agora o meu sobre cinema! Espero que o do Lugui seja sobre artes plásticas ou teatro...

sábado, 23 de maio de 2009

Anais Mitchell


Well... primeiro post meu por aqui... espero que seja bom. Não sabia exatamente sobre o que falar, mas como tenho uma ligação muito forte com música, resolvi falar sobre isso. Mais precisamente apresentar uma artista que na minha humilde opnião de cidadão sulamericano (que fora e até dentro do Brasil não vale muito no fim das contas) definitivamente não tem seu valor reconhecido.

Anais Mitchell


Nascida no ano de 1981 e crescida na área rural de Vermont nos EUA, Anais Mitchell começou a escrever e tocar suas próprias músicas com 17 anos enquanto estudava Ciência Política e Línguas o que a fez viajar por diversos lugares do mundo enquanto estudava. Isso talvez tenha despertado o lado trovador que existia dentro dela e daí pra frente ela procurou aliar a paixão musical às outras já existentes: Jornalismo, história e literatura (esta, que aprendeu com seu pai, que além de ser fazendeiro, lecionava tal matéria).

(Adaptado da página sobre Anais Mitchell na Wikipedia)

Ok, o momento Wikipedia acabou, daqui pra frente sou eu quem assumo.

Os temas das músicas dela são dos mais variados. Desde uma conversa de marido e mulher entre Hades e Perséfone sobre o futuro de Orfeu até a mais pura e simples constatação do amor no cotidiano moderno. E ela os canta com tamanha suavidade... que simplesmente parece vir de uma criança, e não de uma bela mulher com seus quase 30 anos.
Seu último album lançado foi o Country EP, gravado em parceria com a cantora e amiga Rachel Ries, mas eu gostaria de chamar atenção para um album um pouco mais antigo. Lançado em 2007 o album The Brightness parece ser até o presente momento o ponto mais brilhante da carreira da cantora. Tem melodias muito bem construídas,letras muito bem escritas e uma voz que de tão doce simplesmente faz você se perguntar porque aquele crítico engraçadinho do Jornal da Globo nunca falou sobre ela ainda (Mas a resposta pra isso é fácil... ele só fala de quem já morreu ou de quem vai se apresentar na Chácara do Jóquei e tá pagando divulgação pra emissora). A voz dela é certamente o que chama mais atenção no conjunto inteiro do album, apesar de músicas muito bem estruturadas e exploradas de maneiras muito intimistas. O timbre dela tem algo de muito especial ... toca os ouvidos com certa pedância porém com muita mas muita meiguisse.

Certamente vale uma ouvida. Não só pela renovação da boa música, mas pelo reconhecimento que merece essa exímia compositora e musicista. Ouça e me diga depois se você o prefere o "Neo Folk" que a MTv quer te empurrar ou música de qualidade que não precisa, necessariamente, de nomezinho moderno.



Site Oficial:www.anaismitchell.com
Myspace:www.myspace.com/anaismitchell


Paz e Luz

Agatha Christie

Primeira postagem em um blog formado por quatro pessoas diferentes é muita responsabilidade. Rola todo aquele drama de “sobre o que eu vou falar?”, “e se acharem que meu post ficou uma porcaria?”, etc. Depois de muito pensar, surgiu em minha mente a idéia, então lá vai. Espero que meus companheiros de blog e nossos leitores curtam!


Se você não leu, com certeza já ouviu falar na escritora britânica de livros policiais. Seus livros são os mais traduzidos do mundo, superados apenas pela Bíblia e pelas obras de Shakespeare.

Por que eu resolvi falar dela?

Bem, eu sou chegada em um mistério. E nos livros da Tia Agatha, mistério é o que não falta!
Claro que depois de ler várias histórias, fica mais ‘fácil’ advinhar o culpado, que geralmente é a pessoa menos suspeita.
Clichê? Talvez. Mas a Rainha do Crime, como é considerada, prende sua atenção até se conseguir desvendar o mistério.
Confesso que ando meio afastada dos livros dela. São livros que você tem que ler com atenção, e nem pense em abandonar no meio e pegá-lo novamente daqui a um mês! São muitos personagens – com longos e difíceis nomes ingleses –, que se você não estiver lendo com atenção, mistura todo mundo, entre eles o famoso detetive belga Hercule Poirot e uma exótica senhora que adora resolver um crime, Miss Marple.
Os livros, além do suspense, obviamente, têm pitadas de humor e muitos já foram adaptados para a TV.

Pra quem tem vontade de conhecer, a dica é começar pelo famoso Assassinato no Expresso do Oriente, que conta, inclusive, com dois filmes (que eu saiba) baseados na obra, sendo um dando um toque moderno à história.

Espero que curtam a dica de leitura para um fim de semana chuvoso em casa!
E perdoem a postagem 'pobre', mas não sei trabalhar sob pressão! hehehe
Ah, e o mais importante, comentem! =]
P.S.: A foto é da minha pequena e humilde coleção dos livros da tia Agatha ^^