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terça-feira, 26 de maio de 2009

de amor e tigres


volto aos livros. (primeiro post: tinha planejado falar de um poeta, max martins, desaparecido esse ano, mas por algum motivo q ainda não encontrei, o poeta mudou. fica o desejo de falar do max martins numa próxima vez.) o poeta mudou. a ele, cecília meireles dedicou um conhecido poema em 1953, q diz: "Ai palavras, ai palavras, / que estranha potência, a vossa! / Todo o sentido da vida / principia à vossa porta". e foi assim mesmo, com esse sentido absoluto, q cláudio manuel da costa (1729-1789) sumiu (lá se vão 320 anos), terrível, da vida: "Ai palavras, ai palavras, / que estranha potência, a vossa! / Éreis um sopro na aragem... / - sois um homem que se enforca!" era um dos líderes da inconfidência. suicídio, mas pode ter sido assassinato, uns dizem, e desde então não se sabe. q estranha potência, não saber.


e talvez nem mesmo cláudio manuel da costa soubesse do tigre que criou (gre-que-cri, gostou de falar?). tem um poema, dos mais conhecidos, q fala do amor, mas q fala também dos tigres do amor. (é esse da imagem aí de cima, claro.) e é impossível entender esse tigre q fica no ar e repentino: "Amor, que vence os tigres". intrigante. resolvi tigrar o poema (amarelo, riscas negras), porque aí dá pra ver por onde arranham as garras desse tigre. e é incrível descobrir q tem a estrofe do tigre (a segunda estrofe tem muito mais rrrr!), por onde ele deixa pegadas das suas garras q arranham os sons da língua (rrrrr), seja o som do r de tigre ou o r de garra. arranham os sons da língua, como se fossem algo a resistir incessantemente ao amor, como se fossem as próprias palavras a resistir incessantemente ao poema, como se fossem o próprio leitor a resistir ao Amor do poema. ou do roema, louca palavra q, ao contrário, faz ame o r. pois a lição do último verso não nos deixa enganar: "Onde há mais resistência mais se apura", onde há mais tigres mais amor, onde há mais r mais poesia.

anti-Cebolinha, esse é o poema do amadurecimento da fala através do Amor: largar a língua mole e relaxada q tloca as letlas e pronunciar na tensão exata cada letra dessa língua q só emperra a comunicação, q só provoca brigas, q só não diz o q nós somos, se é q somos algo em algum lugar. qto + resistência + se apura: também qto mais difícil é me dizer, mais apuro o meu dizer.

com licença: não é lindo pra c.? é uma conversa infinita.


(livia, fico devendo as artes plásticas, q com certeza logo logo vão aparecer.)

2 comentários:

Livia Brazil disse...

Lugui, vc é muito inteligente para a minha compreensão. Não entendi quase nada do post. Sorry. Sou burra.

Clara disse...

Amei!
Amei o poema, e o tigre também. Aliás, amei o r. Hehehehehe!
Beijos!