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sábado, 30 de maio de 2009

+ um poe[t/m]a


num feriado q passou, há pouco tempo, resolvi aplicar meus recentes e parcos conhecimentos do francês na tradução de poemas fáceis. como um lunático, fui procurar poetas franceses de todos os tempos, já sabendo q minha chance de encontrar alguma coisa q eu pudesse traduzir era remota. qual não foi minha supresa quando me deparei com poemas pequenos e de vocabulário simples na obra de Téophile du Viau (1590-1626, esse aí da "foto"), um poeta da época do barroco, contemporâneo das também pequenas e de vocabulário fácil fábulas de La Fontaine.

mas achar o poema não bastava, era preciso traduzi-lo com suas rimas e jogos de palavras etc. fiz, ao todo, 4 traduções de seus epigramas, mas escolho uma pra o nosso blog. o jogo todo desses poemas é uma espécie de constante reversibilidade do mundo: tudo q é alguma coisa é também o seu contrário. esse poema q vai aí embaixo traduzido já traz, lá longe no tempo, uma imagem q se usa muito pelas ruas atualmente para falar ironicamente da nossa condição de gente viva: nasci careca, pelado, fazendo careta... no poema, essa condição grotesca (ou, até mesmo, bizarra) do neném persiste ao longo da vida toda, servindo inclusive de parâmetro para medir a relação com a morte. claro q tudo isso acontece ironicamente, é todo um jogo de ideias. eu peguei o poema em francês e, de algum modo, sem planejar exatamente isso, tornei-o mais coloquial ao colocar aquela expressão final do poema (ficar no preju), q lembra, pelo som e pelas letras, a equivalente do original (perdu). // blá blá blá e o poema? o poema:

Je naquis au monde tout nu,
Je ne sais combien je vivrai,
Si je n'ai rien quand je mourrai
Je n'aurai gagné ni perdu.

§

Nasci completamente nu,
Sem saber quanto vou viver,
Se nada tiver ao morrer,
Não hei de ficar no preju.

singelo. até meio bobo. mas tão simples q é capaz até d ficar na memória, mesmo sem querer, d um d vocês. eu não esqueci. [té!]

Um comentário:

Livia Brazil disse...

Adorei Lugui! Primeiro porque consegui traduzir o poema também, quer dizer, entender o que dizia, o que significa que o francês do Cap não é tão ruim assim (na verdade, não é nem um pouco ruim, eu que fui péssima aluna!). E segundo adorei a sua versão. Pega mesmo, daqui a pouco vou estar repetindo aos quatro ventos, e vai todo mundo repetir também, vai cair na boca do povo! Enfim... gostei!
beijo!